Casual, sim. Sem respeito, nunca!


A estreia deste blog foi polêmica… Enquanto escrevo este post, o primeiro publicado (Rumo ao centenário) conta com 114 comentários. Como esperado, muitos me criticando. Alguns, com veemência. Não me surpreendi. Só neste ano resolvi fazer esta “experiência”, mas já faço sexo casual há muito tempo – e os olhares tortos já fazem parte do meu cotidiano.
Sexo casual, sim. Sem respeito, nunca!
Não vou me justificar explicando por qual razão eu faço isso ou aquilo. A maior – e melhor – justificativa é só uma: eu quero. Incontestável. Eu quero. Eu desejo. Não há força maior do que essa, para o que quer que seja. É evidente que este assunto voltará à tona muitas vezes ainda neste blog durante este ano.
Mas o que eu quero falar hoje aqui é sobre outra faceta disso tudo. Para aqueles que acham que sexo casual é apenas e tão somente um simples encontro de órgãos sexuais (sejam eles quais forem), eu esclareço: não é. Ok, às vezes beira a chatice, como o número 2 que vocês já conhecem, e não resta nem uma amizade. Muitas vezes, é só o tesão que bate e ninguém se controla (ainda bem!). Mas, pelo menos na minha experiência, posso dizer que muitas histórias bacanas saem de encontros ditos fortuitos. Tenho uma relação “casual”, por exemplo, há oito anos com um cara. Ele é gostosééééérrimo sob quaisquer aspectos que vocês imaginarem. Exceto uma vez que saímos para almoçar, nunca tive um único encontro com ele que não envolvesse sexo. E, mesmo assim, ele me trata com um carinho que talvez eu não tenha recebido de alguns ex-namorados. Um outro, com quem transei pela primeira vez há pouco mais de um ano, ficou irritadíssimo quando contei sobre a péssima experiência que tive com o número 15 dessa lista, sobre o qual vocês lerão em breve.
Talvez vocês se perguntem por que a gente não namora, se eles são tão legais e a gente se dá tão bem na cama e fora dela. Namorar não é necessariamente o objetivo de todo mundo, pra início de história. Bom, pelo menos não é o meu. Em segundo lugar, nunca rolou paixão, frio na barriga, essas coisas. Terceiro: existe uma distância muito grande entre compartilhar alguns acontecimentos e compartilhar uma vida, almoços em família, toalhas molhadas esquecidas em cima da cama e festa de fim de ano da firma.
Mas eu não querer namorar com eles, e nem eles comigo, não afasta o fato de sermos todos pessoas bacanas. Por isso mesmo, o sexo é tão gostoso e nada vazio. Acabamos nos preocupando com o bem estar do outro, se o outro está sentindo prazer, se está doendo, se está rolando o tesão. Não existem joguinhos de conquista barata, aquele esconde-esconde insuportável de início de relacionamento (Por que as pessoas ainda fazem isso? Não me canso de perguntar…). Somos honestos, jogamos limpo, e isso torna a coisa ainda mais prazerosa.
O que faz uma relação ser vazia (seja ela sexual, de amizade, de trabalho) é o caráter das pessoas. Se a pessoa com quem a gente se envolve for vazia, não tem jeito. Você pode namorar anos, noivar, casar, ter filhos, ficar junto até a morte. E, no último suspiro, vai sentir um vazio. Se, por outro lado, a pessoa for bacana e te quiser realmente bem – e isso, necessariamente, passa pela aceitação de você pelo que você é -, você vai se sentir preenchida mesmo que seja no finzinho de uma noite de sábado, mesmo que seja naqueles dias em que seus hormônios enlouquecem e você faz bobagem. Isso não é nada vazio. E, de quebra, ainda é uma delícia.
 

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